Resenha | O Inferno de Gabriel

Já imaginou como seria a história de Dante e Beatriz de Divina comédia contextualizada nos nossos dias? O Inferno de Gabriel é exatamente isso, já começando pelo título que é uma ilusão a viagem de Dante ao inferno em Divina Comédia, o livro possui várias metáforas o nome do professor que faz referência a um anjo, uma das cenas mais importantes acontece num pomar próximo a uma macieira, árvore cujo o fruto Eva comeu. Gabriel é um professor enigmático, sedutor e sombrio e Julia é uma jovem doce, ingênua e submissa, o motivo? Seus passados ao qual somos apresentados no início do livro, acontecimentos felizes e tristes que marcaram suas vidas e os tornaram assim. Passado esse que não é o suficiente para descobrirmos todos os seus segredos, porém o suficiente para compreendermos o sentimento que os une, a sensação de familiaridade que trará à tona os fantasmas que o professor sempre tentou fugir, uma situação delicada que colocará sua carreira em risco. A narrativa do livro é envolvente, simples e flui bem, o conteúdo da história enriquece a leitura, Gabriel e Julia são pessoas bastantes cultas e devido a isso durante a leitura encontramos diversas referências históricas, artísticas, musicais, populares e citações literárias, o livro é um achado cultural. Confesso que comecei a ler o livro imaginando ser mais um no estilo 50 tons de cinza, porém a história do casal se difere daquelas que começam por uma atração física, antes de tudo temos uma grande história de amor entre ambos e sobre redenção, será Gabriel capaz de provar que mesmo com tantos pecados é digno do amor? Lembrando que O Inferno de Gabriel é o primeiro livro da trilogia, sendo O Julgamento de Gabriel sua continuação seguida pelo livro A Redenção de Gabriel.

Nota: 5/5

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